Desemprego: Posso juntar-me a ti?

Olá meninas,

Hoje o post não é sobre nenhum produto ou nenhuma loja, e muito menos sobre felicidade. Hoje decidi partilhar convosco algo pessoal que me aflige à algum tempo. No final deste ano fico oficialmente DE-SEM-PRE-GA-DA.

Já o sei à umas semanas (tiveram que me avisar com 2 meses de antecedência) mas nem por isso deixei de vos escrever e de fazer um sorteio de Natal. Tudo para não vos mostrar o meu lado pessoal para além deste blog. Mas senti que tinha que vos contar porque sei que isto está a acontecer com muitas de vocês.

Sabem quando dão 200% de vocês em tudo o que fazem? Quando dão tudo de vocês a uma empresa? Quando se dedicam a fundo nas vossas tarefas e quando acabam o dia a sentir que "fiz o que tinha que ser feito e fi-lo bem"? Eu senti isso durante 5 anos. Durante 5 anos dei tudo de mim a esta casa mas agora sinto como se tivesse falhado, todos os dias. Nunca foi um sitio facil onde se trabalhar, mas eu dedicava-me e tentava ignorar todo o resto! Sei o que fiz e sei o quanto me dediquei.

O que estava à espera, no mínimo, era que, quando me entregassem a carta de despedimento, o fizessem de forma justa e humilde e não deixassem de valorizar o trabalho que fiz cá dentro! Esperava que o fizessem e mostrassem no rosto deles a razão pela qual o estavam a fazer: não há dinheiro! Mas não, preferiram apontar-me coisas que (supostamente) fiz de mal. Implicar com coisas que nada têm a ver com as minhas funções. Fizeram sentir-me que não faço falta lá dentro. Fizeram-me sentir tudo, menos a razão pela qual me estavam a despedir: não há dinheiro.

Todos os planos (pessoais e a dois) que eu tinha, foram por água abaixo. Tudo o que eu tinha planeado fazer, fica agora adiado até...não sei quando!

O pior disto, é ter de continuar a trabalhar até Dezembro e ter que olhar para a cara deles, ter que receber ordens deles e ter que ser pressionada por eles! 

Ser pressionada a fazer trabalhos "para ontem" e falar comigo como se nada tivesse passado. Claro, não são eles que vão para o desemprego, nem eles que vão para casa todos os dias a pensar que afinal, em 5 anos, não fizeram nada de especial!

Mas tenho de levantar a cabeça e seguir em frente. A primeira semana foi a pior, agora já consigo ver as coisas de uma prespectiva diferente. O mundo não acaba aqui, vão aparecer outras oportunidades (têm que aparecer) e eu vou agarrá-las, com unhas e dentes. E se me ligarem a perguntar se quero voltar (como me prometeram)? Adorava poder dizer "não abrigadinha, já tenho"!

Nunca estive nesta situação sabem? Acabei o meu curso e consegui logo estágios e, depois, emprego. Mas chegou a minha vez de me pôr na fila dos "à procura de emprego".

Desculpem o desabafo, mas senti que tinha que fazê-lo.

Beijinhos